O professor Tomás Gomes da Silva Neto, dono do cursinho Centro da Física, está preso desde o dia 10 de dezembro, por tentativa de fraude no vestibular da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Após ser preso, Tomás confessou que age desde 2009, levantando suspeitas de fraudes em demais concursos estaduais.
A informação foi confirmada em uma coletiva realizada na manhã desta terça-feira, dia 20, o secretário de segurança pública do estado, coronel Paulo Roberto Vital, juntamente com o reitor da Universidade Estadual o Amazonas, José Aldemir e o secretario executivo de inteligência, Thomas Vasconcellos, confirmaram a tentativa de fraude no vestibular da UEA realizado no dia 10 de dezembro.
De acordo com Thomas Vasconcellos, a secretaria de segurança obteve informações de que uma quadrilha estaria planejando fraudar o gabarito das provas, na quarta-feira, dia 7. A partir daí começaram as investigações, e na a sexta-feira, dia 8, a Secretaria Executiva de Inteligência (Seai) já tinha o nome dos candidatos envolvidos e do mentor do esquema, professor Tomás Gomes da Silva Neto.
O suspeito foi apreendido quando ia entrar na escola para realizar o exame. Tomás, e mais 6 pessoas estão envolvidas no plano. Cerca de 7 mil reais foram apreendidos com o suspeito, que confessou o crime. Além disso, o professor Tomás afirmou que age em Manaus com a quadrilha há aproximadamente 3 anos.
A polícia está investigando a participação de mais 4 suspeitos. Por enquanto, não divulgarão os nomes dos candidatos para não atrapalhar as investigações.
Cada candidato pagou R$ 1.500 antes da prova, e pagariam mais R$ 1.500 após o gabarito em mãos. Segundo o coronel Paulo Roberto Vital, o exame vestibular não foi burlado. "Quando recebemos a informação, imediatamente começamos a agir. Uma coisa é certa, a fraude não chegou a se concretizar, não houve violação alguma", disse o secertário.
Dentre os suspeitos, está um universitário do Centro Universitário Nilton Lins, e da própria UEA. Todos buscavam a aprovação em Medicina.
O Esquema
A quadrilha distribuiu disciplinas para cada integrante. Cada um com uma qualificação diferente responderia as questões e com uma caneta que fotografa e filma, gravariam as respostas.
Assim que chegassem em suas casas, os suspeitos passariam mensagens via celular aproximadamente duas horas depois para os candidatos que estariam concluindo o exame.
Fonte: D24AM.com