O pastor Samuel Câmara, irmão do deputado federal Silas Câmara, foi expulso da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) pela diretoria da mesma, dia 23/05. Os diretores, tendo à frente o presidente José Wellington, que concorreu com Câmara ao cargo e o venceu, alegaram que o pastor amazonense quebrou o decoro durante a assembleia realizada entre os dias 6 e 8 de junho de 2012, em Alagoas, depois anulada pela Justiça. O pastor Moisés de Melo e Silva, vice-presidente da denominação no Amazonas, anunciou hoje que Samuel Câmara vai recorrer da decisão.
“O pastor Samuel é o presidente da Assembleia de Deus mãe, em Belém do Pará, fundada em 1911, mais antiga que a Convenção Geral, que só nasceu em 1918, e vai buscar seus direitos na Justiça”, disse Moisés. A disputa pela presidência da CGADB, ocorrida entre 9 e 12 de abril, foi acirrada e com acusações duras de lado a lado. José Wellington obteve 9.003 votos (54%), contra 7.407 (46%) de Samuel Câmara. Houve ainda 162 votos brancos e 175 nulos.
O vice-presidente afirma que não existe a possibilidade de criação de uma entidade concorrente da CGADB, como ocorreu na própria Assembleia de Deus do Amazonas, onde o pastor Jessé Leandro da Silva se rebelou e fundou a Assembleia de Deus Tradicional, com sede em Manacapuru (AM). “Ele (Samuel Câmara) já teve a oportunidade de fazer isso e nunca fez”, conclui Moisés de Melo e Silva.
A Assembleia de Deus tem, segundo o vice-presidente, de 240 mil a 250 mil membros, com 2,3 mil pastores e cerca de 4 mil templos no Amazonas, sendo 1,3 mil pastores e 940 templos só em Manaus.