Nota divulgada nesta terça-feira afirma que Nelson Jobim considerou a ação de despejo das famílias muito forte.
A assessoria de imprensa da senadora Vanessa Grazziotini (PCdoB) divulgou nesta terça-feira (31) informação de que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai intermediar um acordo para resolver os problemas de 600 famílias do município de Barcelos (a 399 quilômetros de Manaus) que ocupam uma área de quatro milhões de hectares requerida na Justiça pela Aeronáutica.
No local, estão localizados quatro bairros da cidade, parte do centro e o aeroporto do município que está sob a direção do VII Comando Aéreo Regional (Comar).
As famílias, que já receberam ações de despejos, e a Prefeitura do município alegam que a área foi doada ilegalmente em 1974 pela Câmara Municipal. Isso porque metade dela pertencia ao Estado.
Segundo a assessoria da senadora, a juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, que possui cerca de 150 processos na 1ª Vara Federal, decidiu suspender as ações de despejos depois de uma reunião na última segunda (30), em Manaus, com representantes dos moradores, da Prefeitura e da Aeronáutica que demonstraram disposição para chegar a um acordo.
Conforme a assessoria de Vanessa, Nelson Jobim soube do problema nesta terça (31) quando recebeu em audiência, no seu gabinete em Brasília, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).
A parlamentar disse a ele que o problema é grave por envolver mais da metade da cidade. “São moradores dos bairros de Aparecida, Nazaré, São Francisco, da Paz e uma parte do Centro”, disse a senadora.
Segundo a parlamentar, uma das alternativas seria garantir uma área de segurança envolvendo o aeroporto para a Aeronáutica onde não estejam localizadas famílias. “Recebi informações de que essa solução pode atingir no máximo 20 famílias que poderiam ser remanejadas”.
O ministro disse que primeiro entrará em contato com o 7º Comar para tomar uma decisão que não atinja as famílias. Ele considerou a ação de despejo muito forte.
A assessoria de imprensa da Justiça Federal, no Amazonas, não atendeu às ligações feitas ao celular. Na assessoria de comunicação do Ministério da Defesa, ninguém atendeu às ligações.
Fonte: a Crítica
