O Amazonas deve estruturar cinco pólos de piscicultura com produção de alevinos, industrialização e comercialização. A afirmação é do secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, que participou ontem de reunião com a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, representantes do BNDES e secretários de agricultura da Amazônia Legal.
Secretário Eron Bezerra participa de reunião com ministra da pesca e anuncia medidas para o Amazonas.
A reunião aconteceu no ministério, em Brasília, e tinha como objetivo buscar alternativas para potencializar a produção de pescado na região amazônica com o apoio do Banco. “Um dos nossos objetivos é a inclusão social, com a geração de emprego e renda. Nossa preocupação é com a produção e a industrialização”, afirmou a ministra Ideli.
Segundo Salvatti, a região Amazônica foi escolhida por abrigar as condições ideais para a atividade da pesca e piscicultura: água, clima e biodiversidade. “O Brasil tem que ser o maior produtor de pescado do mundo, com a Amazônia na liderança, por todas as suas peculiaridades”, defendeu a ministra que anunciou a realização de uma reunião com a bancada de parlamentares da região amazônica.
Polos amazonenses
Os polos devem se localizar no entorno de Manaus, tendo como sede o município de Manacapuru; no Baixo Amazonas, com sede em Parintins; no Alto Solimões, com Tabatinga; e o Purus, com Boca do Acre e em Humaitá para contemplar a calha do Madeira.
Barcelos também deve ganhar uma atenção especial, não no setor de piscicultura, mas sim de pesca ornamental. “Vamos dinamizar a cadeia, eliminar o atravessador e potencializar a venda”, declarou Eron Bezerra.
De acordo com o secretário, o Amazonas já tem uma ‘certa’ estrutura montada, o que significa que o Estado vai precisar de um pequeno volume de investimento no Estado. “Temos tecnologia dominada. O Inpa (Instituto de Pesquisas da Amazônia) tem uma quantidade de pesquisa considerada sobre o pescado na Amazônia. Temos um projeto de pesquisa para desenvolver outras tecnologia , desenvolver o pirarucu, um Centro de Tecnologia de pescado e a maior estação de pós-larvas de peixe, ambas em Balbina, e 14 estações de alevinos nessas regiões que vão servir de base para estruturar esses polos”, explicou.