Como movimentar o comércio do peixe ornamental na região sem que a atividade afete o estoque natural?
Na avaliação do mestrando em Diversidade Biológica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcio Quara Santos, é preciso estudos para manter a preservação das espécies.
Santos, afirma que, a partir das condições biométricas, é possível verificar se uma espécie está em boas condições corporais ou se há disponibilidade de alimento no ambiente, contribuindo de forma indireta, na avaliação qualitativa do habitat em que vive.
As espécies pesquisadas foram o peixe borboleta, lápis e apistograma, encontradas na região do município de Barcelos (distante a 399 quilômetros, a noroeste de Manaus).
“A importância econômica - como atividade a ser melhorada – requer estudos mais avançados”, completou.
Estoques
Os estudos realizados com as espécies amazônicas apresentaram um ótimo desempenho corpóreo, disse Santos, apesar do aumento da exploração comercial e do impacto ambiental causado pelo homem ao ambiente.
O pesquisador observa que as espécies estudadas estão entre as mais procuradas no comércio internacional e, consequentemente, são as mais exportadas no Amazonas.
“É interessante iniciarmos um processo de estudos sobre essas espécies, pois são exportadas milhares todos os anos. Então, o questionamento é até que ponto isso vai interferir na qualidade e nos estoques pesqueiros de um ambiente natural?”, indagou o pesquisador.
Os resultados, segundo o pesquisador, são considerados simples, mas despertam o interesse de pesquisadores de instituições fora do Estado do Amazonas, direcionando estudos para questões do peixe ornamental.
Fonte: a critica.com