Manaus - Cerca de 2,2 mil pessoas devem ser contratadas pelo comércio, 13% sobre o ano passado, para atender ao aumento da demanda durante a campanha Liquida Manaus, com a adesão de 4,2 mil lojas.
A estimativa é da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), que espera vendas de R$ 150 milhões entre os dias 28 deste mês, até 15 de abril, um incremento de 9% em relação resultado de 2012.
“Esse é o principal ganho: a manutenção dos empregos. Muitos desses temporários já começaram a ser chamados, mas acredito que outros que seriam demitidos após a Páscoa serão aproveitados”, ressalta o presidente da entidade, Ralph Assayag, ao adiantar que os lojistas prometem descontos de até 70%.
A cada R$ 25 em compras nas lojas que aderirem à ação, o cliente ganha um cupom para participar de sorteio de três carros utilitários, cinco caminhões de prêmios, cinco tablets e cinco TVs de LED. Neste ano, a CDL espera que mais de 6 milhões de cupons sejam depositados nas urnas, representando um acréscimo de 11%.
Além disso, a entidade também está estimulando o hábito do consumidor exigir o documento fiscal no ato da transação, numa tentativa de aumentar a arrecadação do governo do Estado, que está entrando com uma contrapartida de 30% no patrocínio da campanha.
Vendas
“Acreditamos que somente o Liquida Manaus vai ser responsável por uma arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da ordem de R$ 25 milhões, valor 9% superior ao ‘liquida’ do ano passado”, salientou Assayag.
Aproximadamente 2,6 mil empresas devem aderir à campanha totalizando cerca de 4,2 mil lojas e cerca de 3 mil pessoas passarão por treinamento, oferecido pela própria CDL.
Assayag acredita que o Liquida Manaus, assim como no ano passado, pode ser considerado como o segundo Natal para o comércio, tamanha a movimentação nas vendas, mas afirma que todos saem ganhando.
Esta é também a primeira vez que outros municípios do Amazonas, como Manacapuru, Itacoatiara e Parintins, participam da campanha.
O sorteio dos prêmios acontece 17 de maio, mas, sem a realização de um concerto, como nos anos anteriores. Lojas, restaurantes e até mesmo táxis podem participar do Liquida Manaus, que está em sua quinta edição.
Na ocasião de lançamento do ‘liquida’, Assayag anunciou o início da operação do Cadastro Positivo e do SPC Avisa em Manaus. Neste último, uma espécie de proteção contra fraudes, ele espera que haja uma adesão de 25% da população.
Maioria com débito tem parcela de 12 meses
A maioria dos consumidores em débito com o crediário parcela as compras no varejo em 12 meses, enquanto a taxa de inadimplência foi de 3% em fevereiro, de acordo com estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus). O valor da dívida, por sua vez, concentra-se entre R$ 500 e R$ 1,5 mil.
O saldo de devedores em fevereiro ficou relativamente estável em relação a fevereiro do ano passado, abaixo da alta registrada no período 3,3%.
A base de consumidores com o CPF ‘sujo’ no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), é de 365 mil nos últimos cinco anos. Desse total, recuperaram o crédito, em fevereiro, 34,2 mil consumidores e entraram no cadastro mais 39,5 mil.
Na avaliação do presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag, essa é a menor taxa para o mês, desde fevereiro de 2010, quando o calote no comércio ficou 2,9% acima do ano anterior.
“A expectativa do setor esse ano é de que essa taxa continue estável ou ainda recue”, destacou Assayag. Segundo a pesquisa da CDL-Manaus, a mulher demora 60 dias para pagar as dívidas no varejo enquanto os homens levam 120 dias para quitar.
Apesar de pagarem suas dívidas mais rápido, as mulheres continuam a liderar a inadimplência no crediário. De acordo os dados da entidade, elas representam 55% dos devedores.
As vendas do comércio varejista de Manaus aumentaram 1,5% em fevereiro, comparado ao mesmo mês do ano passado. O resultado ficou abaixo das expectativas do setor que projetou um aumento de 2,5% para o mês.
Segundo o presidente da CDL/Manaus, as constantes chuvas em fevereiro e a proximidade do carnaval com as festas de fim de ano prejudicaram as vendas do comércio varejista.
“Este ano, o carnaval foi mais cedo que no ano passado e muito próximo das festas de fim de ano, fazendo com que as compras nesse período perdessem fôlego, além disso, o aumento das chuvas atinge diretamente o comércio”, observa.
A estimativa do setor é de que em março as vendas sejam 2,5% acima de março do ano passado, principalmente por conta do feriado da Páscoa, que este ano cai na última semana de março.
Este ano serão nove feriados nacionais, sendo que quatro deles caem durante finais de semana, e há sete pontos facultativos de servidores federais.