A aventura de Angelo Corso e do remador Mário Vidal começou em grande estilo. Acompanhados pelo cineasta Marcelo de Paula, a dupla começa aos poucos a Expedição Amazônia – onde vão percorrer, a remo, uma distância de 1.100km no Rio Negro, em plena Floresta Amazônica. No trecho entre os Municípios de São Gabriel da Cachoeira e Manaus, no Estado do Amazonas.
Segundo de Paula, a viagem ocorreu de forma tranqüila sem qualquer tipo de contra tempo. Após 72 horas de barco, a equipe chegou ao município de São Gabriel da Cachoeira (distante a 852 km de Manaus), onde a verdadeira expedição começa.
A equipe estava na capital amazonense para cumprir um cronograma de produção, comprando suprimentos e ajustando os barcos que serão usados. “Com a velocidade aproximada de 15 km por hora, fomos subindo lentamente o Rio, passando pelas florestas e as águas negras da Amazônia”, informou o cineasta Marcelo de Paula, responsável pela minissérie Almanaque Amazônia.
De acordo com o cineasta, uma forte chuva caiu durante a madrugada do primeiro dia, assustando algumas pessoas da tripulação. “Causou certo desconforto nos passageiros do barco. Nada a se preocupar, apenas um contanto direto com a natureza e sua força. Para amenizar tudo isso, comemos peixe assado na brasa, servido no convés da embarcação”, disse de Paula.
Névoa encobre Rio Negro – Foto: Marcelo de Paula
O percurso de subida do Rio Negro até São Gabriel da Cachoeira incluiu os cenários dos Parques Nacionais de Anavilhanas e Jaú, algumas poucas comunidades ribeirinhas e as cidades de Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.
A expedição no barco ‘Tanaka 4′ serviu de auxílio para os aventureiros traçassem no GPS os possíveis pontos de apoio das paradas. “Ficamos atentos, observando praias, pequenas comunidades ou casas isoladas. Estavámos estudando o local, pois precisamos de um local para descansar”, afirmou Angelo Corso.
Serra da Bela Adormecida (ao fundo) em São Gabriel da Cachoeira – Foto: Marcelo de Paula/Divulgação
Mário Vidal também esteve atento ao Rio Negro. “A navegação em todo rio da Amazônia é muito simples. A terra firme está sempre à margem direita de quem desce o rio. É só deixar flutuar que o próprio Rio Negro vai nos orientar qual caminho seguir.” falou o profissional.