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O comercio de Peixe Ornamental responsável por 20% das exportações de peixes ornamentais do Brasil até 2005, encontra-se hoje em crise e em franca decadência. Vou expor aqui no Barcelos na NET um texto enviado pelo Radson Alves:
A bacia do médio Rio Negro corresponde à maior área de pesca de peixes ornamentais do Brasil, sendo o município de Barcelos o principal posto de comercialização, gerando 60% da renda do município na década de 90. Este comércio é baseado principalmente na exploração de pequenos caracídeos chamados de “tetras”, sendo os principais: Cardinal, Rodóstomo, Rosacéu, Borboletas e Apistogramas. Estes peixes são considerados recursos sustentáveis que podem ser extraídos dos rios e igarapés amazônicos, gerando pouco ou nenhum impacto ao ecossistema, desde que manejados de forma racional (CHAO, 2001). O rio Negro tem uma alta diversidade de espécies, diferentemente do rio Amazonas que concentra uma maior biomassa e pouca diversidade de espécies. A área com potencial para a pesca de Ornamental é de aproximadamente 1,5 milhões hectares das planícies inundáveis, a biomassa de peixes no rios de água preta é 1,6 t/ha., enquanto a de floresta úmida é 180-250 t/ha. Fazendo–se um calculo para verificarmos se tal atividade pode ser sustentável na produtividade, verifica-se por exemplo que cada cardinal (principal espécie exportada da região do rio Negro) pesa < 0.2 g, multiplicando pela maior quantidade exportada, 30 milhões de ornamentais o peso total será de 06 toneladas de peixes ornamentais retirado das planícies inundáveis da região do rio negro. Isso nos mostra que tal atividade é sustentável na produtividade. No entanto a atividade entra em declínio a partir do ano de 2001, por vários problemas, como: é déficit de malha aérea para países importadores, falta de marketing, peixe é produto perecível, espécies reproduzidas próximas dos grandes importadores, barreiras sanitárias impostas por países importadores, países vizinhos podendo exportar a maioria de suas espécies e com incentivos do governo. Fico imaginando se não fizermos algo urgente existirá os peixes ornamentais, mas não mais a atividade de pesca ornamental. E o piabeiro e sua família?? Acho que antes, durante e depois do FESPOB as agremiações Acará disco, Cardinal e todos Nós barcelenses e amigos de Barcelos deveríamos bater bastante na tecla..
O Radson Alves está coberto de razão. Das 30 empresas que operavam nesse subsetor da pesca do Estado, apenas seis sobreviveram às dificuldades. A redução nas vendas supera 80%. Em Barcelos no ano de 2011 o comércio de peixe ornamental está parado sem previsão de retorno de suas atividades, piabeiros e suas famílias que dependem do setor estão a Deus dará. Conforme dados do Ministério Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), de janeiro a setembro deste ano, as exportações de peixes ornamentais do Amazonas obteve uma queda de 29,54% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os motivos do declínio estão as barreiras sanitárias impostas pelos países importadores, a não liberação de outras espécies pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) como a arraia, e a falência dos exportadores, que possuíam pouco incentivo do governo federal.
Frank Garcia.